Por momento gostava de poder ser invisível. Ser como uma pena, ser leve e facilmente erguer-me no ar. Ser levado para bem longe, guiado pelo vento. Poder ver as vistas aéreas do nosso planeta.
Gostava de ser levado até à plena escuridão do espaço, até aquela imensidão e até ao calmo ambiente do espaço onde muitos poucos conseguiram chegar e contemplar essa visão magnífica do exterior daquilo que conhecemos e chamamos de mundo.
Queria ficar sozinho com os meus pensamentos e os meus sentimentos.
Sentir que não existe nada nem ninguém a não ser eu e apenas eu.
Queria voar para longe, ser livre para pensar e calmo para agir.
Estar sozinho sem ninguém.
Ficar livre para viver.
Queria sentar-me na lua a olhar para o infinito negro,
Olhar para a escuridão do universo e reflectir no meu ser e no meu pensar.
Procurar dentro de mim as respostas para as mais profundas dúvidas do meu ser.
Procurar uma identificação, uma justificação para o que sou, quem sou e o que estou eu a fazer neste mundo em que nada é fácil, em que tudo se complica a cada dia que passa e as forças começam a esgotar-se.
Forças essas, aquelas que utilizo para lutar todos os dias, que utilizo para viver e tentar ser feliz.
Desistir?
Nunca mas nunca conseguirei evitar que todas estas dúvidas, estas inseguranças e estes medos tomem conta do meu coração e do meu pensamento.
Quero ser uma estrela que habita o universo.
Quero brilhar bem longe e iluminar um pensamento.
Um pensamento que é meu.
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